sexta-feira, 28 de março de 2008

Uma das minhas músicas preferidas

Golfinhos

Adoro golfinhos. Assim sendo publico estas imagens:









Pedido de sangue

Por motivo de doença grave, um amigo está hospitalizado à espera de ser operado. Ainda não foi, porque tem um tipo de sangue raro, B negativo. Pede-se a quem tenha este tipo de sangue que contacte com urgência, os seguintes números: 931085403 ou 222041893 ou fax: 222059125.
Hoje por ele, amanhâ por ti. Obrigado

Tempo

Olá. Gosto muito de estar actualizada acerca do tempo. Por isso, anexei ao meu blog, uma página sobre o tempo.

sábado, 22 de março de 2008

Colecção de flores em ponto cruz


Túlipas


Lírios


Estrelícias


Jarros

sexta-feira, 21 de março de 2008

Dia da Poesia

Eis um dos meus poemas favoritos:

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

quarta-feira, 19 de março de 2008

Pai

Hoje é dia do Pai.
Quero desejar ao meu pai tudo de bom. Que continue a ser como sempre foi, um BOM PAI. Adoro-te Pai. Beijinhos

Trabalhos de ponto cruz

Hoje vou expôr mais uns trabalhos de ponto cruz. São as estações:

Primavera


Verão


Outono


Inverno

terça-feira, 18 de março de 2008

Inês de Castro



Passada esta tão próspera vitória,

Tornando Afonso à Lusitana Terra,

A se lograr da paz com tanta glória

Quanta soube ganhar na dura guerra,

O caso triste e dino da memória,

Que do sepulcro os homens desenterra,

Aconteceu da mísera e mesquinha

Que depois de se morta foi Rainha.


Tu só, tu, puro amor, com força crua,

Que os corações humanos tanto obriga,

Deste causa à molesta morte sua,

Como se fora pérfida inimiga.

Se dizem, fero Amor, que a sede tua

Nem com lágrimas tristes se mitiga,

É porque queres, áspero e tirano,

Tuas aras banhar em sangue humano.


Estavas, linda Inês, posta em sossego,

De teus anos colhendo doce fruito,

Naquele engano da alma, ledo e cegeo,

Que a Fortuna não deixa durar muito,

nos saudosos campos do Mondego,

De teus fermosos olhos nunca enxuito,

Aos montes insinando e às ervinhas

O nome que no peito escrito tinhas.


Do teu Príncipe ali te respondiam

As lembranças que na alma lhe moravam,

Que sempre ante seus olhos te traziam,

Quando dos teus fermosos se apartavam;

De noite, em doces sonhos que mentiam;

De dia, em pensamentos que voavam;

E quanto, enfim, cuidava e quanto via

Eram tudo memórias de alegria.


De outras belas senhoras e Princesas

Os desejos tálamos enjeita,

Que tudo, enfim, tu, puro amor, desprezas,

Quando um gesto suave te sujeita.

Vendo estas namoradas estranhezas,

O velho pai sesudo, que respeita

O murmurar do povo e a fantasia

Do filho, que casar-se não queria,


Tirara Inês ao mundo determina,

Por lhe tirar o filho que tem preso,

Crendo co sangue só da morte indina

Matar do firme amor o fogo aceso.

Que furor consentiu que a espada fina,

Que pôde sustentar o grande peso

Do furor Mauro, fosse alevantada

Contra uma fraca dama delicada?


Traziam-na os horríficos algozes

Ante o Rei, já movido a piedade;

Mas o povo, com falsas e ferozes

Razões, à morte crua o persuade.

Ela, com tristes e piedosas vozes,

Saídas só da mágoa e saudade

Do seu Príncipe e filhos, que deixava,

Que mais que a própria morte a magoava,


Pera o céu cristalino alevantando,

Com lágrimas, os olhos piedosos

(Os olhos, porque as mãos lhe estava atando

Um dos duros ministros rigorosos);

E despois, nos minimos atentando,

Que tão queridos tinha e tão mimosos,

Cuja orfindade como mãe temia,

Pera o avô cruel assi dizia:


«Se já nas brutas feras, cuja mente

Natura fez cruel de nascimento,

E nas aves agrestes, que sòmente

Nas rapinas aéreas tem o intento,

Com pequenas crianças viu a gente

Terem tão piadoso sentimento

Como co a mãe de Nino já mostraram,

E cos irmãos que Roma edificaram:


Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito

(Se de humano é matar uma donzela,

Fraca e sem força, sómpor ter sujeito

O coração a quem soube vencê-la),

A estas criancinhas tem respeito,

Pois o não tens à morte escura dela;

Mova-te a piedade sua e minha,

Pois te não move a culpa que não tinha.


E se, vencendo a Maura resistência,

A morte sabes dar com fogo e ferro,

Sabe também dar a vida, com clemência,

A quem pera perdê-la não fez erro.

Mas, se to assi merece esta inocência,

Põe-me em perpétuo e mísero desterro,

Na Cítia fria ou lá naLíbia ardente,

Onde em lágrimas viva eternamente.


Põe-me onde se use toda a feridade,

Entre leões e tigres, e verei

Se neles achar posso a piedade

Que entre peitos humanos não achei.

Ali, co amor intrínseco e vontade

Naquele por quem mouro, criarei

Estas relíquias suas que aqui viste,

Que refrigério sejam da mãe triste.»


Queria perdoar-lhe o Rei benino,

Movido das palavras que o magoam;

Mas o pertinaz povo e seu destino

(Que desta sorte o quis) lhe não perdoam.

Arrancam das espadas de aço fino

Os que por bom tal feito ali apregoam.

Contra uma dama, ó peitos carniceiros,

Feros vos amostrais e cavaleiros?


Qual contra a linda moça Polycena,

Consolação extrema da mãe velha,

Porque a sombra de Aquiles a condena,

Co ferro o duro Pirro se aparelha;

Mas ela, os olhos, com que o ar serena

(Bem como paciente a mansa ovelha),

Na mísera mãe postos, que endoudece,

Ao duro sacrifício se oferece:


Tais contra Inês os brutos matadores,

No colo de alabastro, que sustinha

As obras com que Amor matou de amores

Aquele que despois a fez Rainha,

As espadas banhado e as brancas flores,

Que ela dos olhos seus regadas tinha,

Se encarniçavam, férvidos e irosos,

No futuro castigo não cuidadosos.


Bem puderas, ó Sol, da vista destes,

Teus raios apartar aquele dia,

Como da seva mesa de Tiestes,

Quando os filhos por mão de Atreu comia!

Vós, ó côncavos vales, que pudestes

A voz extrema ouvir da boca fria,

O nome do seu Pedro, que lhe ouvistes,

Por muito grande espaço repetistes.



Assi como bonina, que cortada

Antes do tempo foi, cândida e bela,

Sendo das mãos lacivas maltratada

Da minima que a trouxe na capela,

O cheiro traz perdido e a cor murchada:

Tal está, morta, a pálida donzela,

Secas do rosto as rosas e perdida

A branca e viva cor, co a doce vida.


As filhas do Mondego a morte escura

Longo tempo chorando memoraram,

E, por memória eterna, em fonte pura

As lágrimas choradas transformaram.

O nome lhe puseram, que inda dura,

Dos amores de Inês, que ali passaram.

Vede que fresca fonte rega as flores,

Que lágrimas são a água e o nome Amores.

Os Lusíadas, III,118 a 135

segunda-feira, 17 de março de 2008

ALGUNS DOS MEUS TRABALHOS DE PONTO CRUZ: